sábado, 10 de dezembro de 2011

Prefácio

Boa noite, e que tenhamos um agradável e prazeroso deleite, seja por alguns minutos, seja por alguns mínimos segundos, seja pela eternidade. E que o longo e distinto universo nos contemple com a resposta geral para todos os questionamentos eternos. Acredite: estes não são poucos ou limitados. Mas o que é a limitação senão uma desculpa física para os tormentos infinitos pelos quais passam os homens, a literatura, a arte e o próprio universo?

A menos que imaginemos outro planeta, outro mundo, e entremos nos devaneios da fantasia. O que todos sempre desejam fazer, no fundo, e quase nunca conseguem, pelas mais variadas razões.

Ou não.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Feeling sentimental

E talvez não exista, na cultura brasileira, equivalente musical tão sinestésico, inteligente e metafísico. Dos áureos tempos de um Jorge Ben que, hoje, não existe mais. Foi abduzido, quem sabe.

Errare Humanum Est

Jorge Ben Jor

Lá lá lá
Tem uns dias
Que eu acordo
Pensando e querendo saber
De onde vem
O nosso impulso
De sondar o espaço
A começar pelas sombras sobre as estrelas-las-las-las
E depensar que eram os deuses astronautas
E que se pode voar sozinho até as estrelas-las-las
Ou antes dos tempos conhecidos
Conhecidos
Vieram os deuses de outras galáxias-xias-xias
Ou de um planeta de possibilidades impossíveis
E de pensar que não somos os primeiros seres terrestres
Pois nós herdamos uma hernaça cósmica
Errare humanum est
Errare humanum est
Nem deuses
Nem astronautas
Ô ô ô ô
Eram os deuses astronautas
Lá lá lá lá
Nem deuses
Nem astronautas
Ô ô ô ô
Eram os deuses astronautas
Lá lá lá lá
Eram os deuses astronautas
Ná ná ná ná ná
Dez
Ná ná ná ná ná
Nove
Ná ná ná ná ná
Oito
Ná ná ná ná ná
Sete
Ná ná ná ná ná
Seis
Ná ná ná ná ná
Cinco
Ná ná ná ná ná
Três
Ná ná ná ná ná
Dois
Ná ná ná ná ná
Um
Ná ná ná ná ná
Zero